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quarta-feira, agosto 1

UM DIA DE MERDA

Bem, não irei fazer do meu blog um diário virtual... mas o que aconteceu ontem merece destaque!!!
Após a prova e apresentação de seminários em Bioquímica Clínica, saímos do Hospital Universitário... 10hs! Nossa próxima aula seria às 15hs!!! Muuuuuuito legal!
Pra aproveitar todo esse tempo ocioso... Mari, Marília e Eu fomos à química resolver sobre o mestrado!!! Saímos de lá umas 10:30... encontramos com Flávio e James... Então, nós 5, vagabundos, decidimos ir almoçar no Parmegiano... ah, antes que eu esqueça! Tamyla tinha ido de carro e como mora perto de mim, os amigos que pegaram carona com ela, leia-se Kiara, ficou falando porque não fui também... afinal, poderia almoçar em casa, tomar um banho e decidir se voltaria ou não pra aula! Isso aconteceu quando ainda estávamos no HU!
Bem, voltando ao almoço! Passamos de novo pelo HU e seguimos até o Parmegiano! Como era próximo à casa de Kiara, Mari resolve ligar pra ela fazendo o convite!
Mari: - Kiara, vamo com a gente almoçar no Parmegiano?
Kiara: - O carro da Tamyla quebrou!!!
Mari: - Quebrou!? Onde?!
Kiara: - Aqui em frente ao HU, só conseguimos fazer o retorno!!!
Nem bem ouviu isso, Mari começou a rir!!! Repetindo pra todos do carro o diálogo que acabara de ter! Bem... após alguns minutos de risos... lembrei da carona! Tá vendo!? Eu seria um dos que ficou ilhado na frente do HU!!!
Chegamos ao Parmegiano... 10:45! Ainda fechado, ou melhor, abrindo! Sentamos em uma mesa onde os funcionários já haviam limpado... ficamos conversando besteiras sobre as maluquices de cada um... O daltonismo de James e Flávio... minha desorientação mental com relação à direita e esquerda... entre outras besteiras que só universitários em bar conseguem proferir!!! hauahuahuahuahuahauhaua
Então... umas 11:10 o garçom passa pra anotar nossos pedidos... estávamos em cinco... e tínhamos a opção de pedir pratos grandes que serviriam a todos!!!
Mas havia um problema... Fomos pra comer camarão... e o camarão do Parmegiano é ótimo (mereço um cachê pela propaganda), mas Flávio era alérgico a camarão!!!
Acreditam se eu disser que mudamos o pedido em consideração ao Flávio?!?!
De modo algum!!!!
Pedimos camarão... e ele que se virasse pra pedir um prato só pra ele!!! Afinal, se fosse pra comer carne... comia bife em casa!!!
Pedidos feitos... Flávio pediu filé kkkkkkkkkkkkkk (Desculpem!!!) Decidimos então pedir vinho pra comemorar o simples fato de estarmos, os cinco, vagabundando em um restaurante!!! Mas eis que havia chegado a vingança de Flávio... James estava tomando medicamentos... não podia tomar álcool... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Um antipsicótico eu acho... kkkkkkkkkkkkkkkkk
Bem, decidimos fazer um brinde com refrigerante?! Não!!! Afinal se tínhamos pedido camarão em homenagem ao Flávio, porque não pedir vinho em homenagem ao James!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Quando nosso prato estava quase sendo servido, Diogo liga pra alguém... e como tínhamos decidido tudo muito de improviso, não chamamos mais ninguém da turma!!! Levamos a maior bronca de Diogo, Carol, Anansa e Thiago!!! Quando já haviamos comido! Eles chegam!!! Putos!!!
Mas foram assim mesmo!!!
Ficamos lá, conversando... enquanto o pedido deles não chegava... Nisso nosso professor de Hematologia nos liga avisando que não poderia ir porque tinha que monitorar alguns pacientes... agradecemos a nós mesmos por não termos ficado no HU esperando!!!
Começamos e passar o recado da Aula adiante... e Diogo ligou pra Larissa que ficou estupidamente puta porque ele não chamou ela pra ir também!!!
Depois de rirmos com as palavras ditas por ela (ele colocou o celular no alto-falante - Viva voz, ou seja lá o nome) o prato deles chega!!! Depois de terminaram de comer Larissa chega!!!
Mais uma vez ficamos conversando bobagens...
Falamos sobre Merda... vômito... mijo (xixi para as mocinhas que lerem meu blog)... etc... isso em alto e bom som! Para quem quisesse ouvir!!! Eu já estava imaginando o que o dono do Parmegiano faria quando saíssemos, colocaria nossas fotos na parede: PROIBÍDOS DE ENTRAREM NO MEU RESTAURANTE!!!!

Toda essa história pra vocês entenderem o porque dessa história que vou colocar agora!!!
DIA DE MERDA de Luiz Fernando Veríssimo
Aeroporto Santos Dumont, 15:30 . Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas . Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. " Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo ." O avião só sairia as 16:30.
Entrando no ônibus, sem sanitários . Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: "Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro"
Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda . O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante:
"Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido à obras na pista ." Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele . E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado .
Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que da vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada . Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal .
Mas sem dúvida, a situação tava tensa . Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério : " Cara, caguei." Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou - me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle . " Que se dane, me limpo no aeroporto " - pensei . "Pior que isso não fico ." Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte . Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda . Desta vez, como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que e lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés . E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade . E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado . Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa . E me caguei pela quarta vez .
Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca , mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pelos do rabo junto . Mas era tarde demais para tal artifício absorvente . Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada .
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.
Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco . Olhei para cima e blasfemei: "Agora chega, né ?" Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço ) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia .
Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o " check-in " e ia correndo tentar segurar o vôo . Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte . Ele tinha despachado a mala com roupas . Na mala de mão só tinha um pulôver de gola "V". A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus .
Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis . Minha cueca , joguei no lixo . A camisa era história . As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10
Teria que improvisar . A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnifica máquina de lavar . Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água..
Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu . Estava pronto para embarcar . Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calcas do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola "V", sem camisa . Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando " O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO" e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria . A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo . Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: " Nada , obrigado . Eu só queria esquecer este dia de merda !!! "

Isso é que é cabra macho!!! Eu, numa situação dessas nem sei o que faria!!! Azar da porra!!!!
ahuahuahuahuahauhauhaa

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